É usado para se verificar uma possível relação de causa e efeito entre duas variáveis objetos de estudo. Revela a maior, menor ou nenhuma dependência de uma variável em relação à outra (Figura 1)
Uso na etapa de Análise do problema do PDCA
Figura 1 – Exemplo de gráfico de dispersão
Tipos de correlações
Podemos ter os seguintes tipos de correlações:
- Correlação linear positiva: ocorre quando a variável “X” aumenta a variável “Y” também aumenta.
Figura 2 – Exemplo de correlação linear positiva
- Correlação linear negativa: ocorre quando a variável “X” aumenta a variável “Y” diminui.
Figura 3 – Exemplo de correlação linear negativa
- Correlação não linear: ocorre quando há um ponto de inflexão.
Figura 4 – Exemplo de correlação não linear
- Correlação nula: ocorre quando a variável “X” aumenta ou diminui, não há variação na variável “Y”.
Figura 5 – Exemplo de correlação nula
Cálculo do coeficiente de correlação (r)
Coeficiente de correlação: É uma medida do grau de correlação entre duas variáveis (representado pela letra r). Varia de –1 a + 1. Quanto mais próximo da unidade (acima de 0,75) mais correlacionadas são as variáveis.
As equações abaixo demonstram como calcular o valor de “r”
Interpretando o valor do coeficiente de correlação (r)
Valores dos Coeficientes
|
Descrição
|
+1,00
|
Correlação positiva perfeita
|
+ 0,70 a 0,99
|
Correlação positiva muito forte
|
+ 0,50 a 0,69
|
Correlação positiva substancial
|
+ 0,30 a 0,49
|
Correlação positiva moderada
|
+ 0,10 a 0,29
|
Correlação positiva baixa
|
+ 0,01 a 0,09
|
Correlação positiva ínfima
|
0,00
|
Nenhuma correlação
|
- 0,01 a 0,09
|
Correlação negativa ínfima
|
- 0,01 a 0,29
|
Correlação negativa baixa
|
- 0,30 a 0,49
|
Correlação negativa moderada
|
- 0,50 a 0,69
|
Correlação negativa substancial
|
- 0,70 a 0,99
|
Correlação negativa muito forte
|
- 1,00
|
Correlação negativa perfeita
|
Estimativa da reta de regressão y = a + bx (Método dos Mínimos Quadrados)
Onde,
y = Variável dependente
x = Variável independente
Exemplificando:
De acordo com os dados abaixo, verifique se existe alguma correlação entre o tempo prisional de um condenado (variável X em meses) com o número de tentativas de fuga no período (variável Y em quantidade).
Meses (X)
|
Tentativas de fugas (Y)
|
3
|
0
|
6
|
1
|
9
|
2
|
12
|
4
|
15
|
3
|
18
|
5
|
21
|
6
|
24
|
4
|
Calculando:
X
|
Y
|
X.Y
|
X2
|
Y2
| |
3
|
0
|
0
|
9
|
0
| |
6
|
1
|
6
|
36
|
1
| |
9
|
2
|
18
|
81
|
4
| |
12
|
4
|
48
|
144
|
16
| |
15
|
3
|
45
|
225
|
9
| |
18
|
5
|
90
|
324
|
25
| |
21
|
6
|
126
|
441
|
36
| |
24
|
4
|
96
|
576
|
16
| |
Soma
|
108
|
25
|
429
|
1836
|
107
|
Média
|
13,5
|
3,125
|
Aplicando os valores acima nas fórmulas,
Reta da regressão:
b = 732 / 3024 = 0,242
a = Média (y ) – b. Média (x )
a = 3,125 - 0,242*13,5
a = 3,125 – 3,268 = - 0,143
Substituindo os valores de “a” e “b” na equação da reta temos a seguinte equação da regressão:
y = a + bx
y = - 0,143 + 0,242x
Esta equação permite prever o número de tentativas de fugas que teremos em função do tempo prisional. Por exemplo: Se um preso ficar 17 anos na cadeia, de acordo com a equação acima ele tentará fugir 4 vezes.
y = - 0,143 + 0,242*1= = 4
Coeficiente de determinação (r2)
Este coeficiente define quanto à variação da variável dependente (Y) pode ser explicada pela variação da variável independente (X).
No caso do exemplo acima, (r2) = 0,77, ou seja, ao utilizar a equação da regressão, podemos afirmar que 77% das tentativas de fugas (Y) podem ser explicadas pelo tempo prisional (X). Os outros 23% das tentativas são devidas a outras variáveis independentes, para identificá-las é necessário fazer uma análise de regressão multivariada.
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